terça-feira, dezembro 14, 2004

...isto é voltar sem dor nem mágoa....

Tantos episódios que se coadunam com um conjunto de frases. Ornatos...
E pétalas arroxeadas que pautam respiraçoões mais ou menos ofegantes...

Afinal....o oxigénio que nos faz viver é o que nos mata.

Um crime à minha porta. Um passo que ouvi a desfocar depois do estrondo de quando saiste e mais uma vez não te lembraste que é de alumínio essa porta.
Um "contra-passo" depois.
E não vim da rua de matar algúem.

Só porque quem morre não mata.


Obrigada Ricardo....pela "Lealdade" da primeira frase. Ou da primeira estrofe....whatever. Já tanto faz. Mais um sinal de fumo ou dois e chove outra vez, né??? :)

*Mó


Um Crime À Minha Porta - Ornatos Violeta

Isto é voltar sem dor nem mágoa
Isto é só mais uma razãopra estar sem ninguém por ti.

Vim da rua de matar alguém,
E foi assim que eu matei por bem.
As razões: Não há razões!
É que eu não tenho mais amor pra dar,
E a ninguém!

Quero não amar p'ra não cair,
Não vou dar,
E não vou ter a mesma forma de estar.

Tudo bem vá durar um dia,
Faça agora tudo o que eu fizer.
Quero estar voar e só contigo,
Mas só enquanto eu quiser.

Sobre esta forma de amar,
Vai de uma forma de estar.

Vim da rua de matar alguém,
Agora espero o sol.
Agora espero só
quem não dá para ter quem não dá,
pra dar um brilho ao ego
e ter assim o cheiro do que um dia,
seria o nosso dia...
Daquilo que eu faria.

Agora sinto a dor,
Agora sinto a dor,
por quem matei,
por ter feito amor.

Qual dor?
Eu só faço o que eu quero.

Eu não penso em ninguém,
por pensar.
Meu nome é partir,
E voltar.

E tudo por quem?

Sobre esta forma de amar,
Vai de uma forma de estar.
Sobre esta forma de amar,
Vai de uma forma de estar.

Levo-me ao inverno,
pela mão da minha culpa,
tenho a força para ser mais forte
e roubo-te a desculpa.

Eis a preocupação,
com uma qualquer situação anormal.

É triste o fim ser igual,
Para nós.
Estar nas nossas mãos,
o evitar simples da dor.
E qualquer dia me trás,
Até mim.

Qual a minha culpa
qual a sentença?
Da lição não tiro nada,
mas que o crime só compensa.

E se eu matar,
logo pela madrugada?

Sobre esta forma de amar,
vai de uma forma de estar.
Sobre esta forma de amar,
vai de uma forma de estar.

Eu não sou normal.
Eu não quero ser igual.
Isso é virar um homem
que eu não sou.
(Sou) ouro em teu olhar.
Serei o pai do teu prazer até ao dia
em que o amor for para nós: A ultima fatia.
E se o trago é difícil
e a veia entope,
só nos resta a nós os dois: A hemorragia.

Sobre esta forma de amar,
vai de uma forma de estar.
Sobre esta forma de amar,
vai de uma forma de estar.


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